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Newsletter diária • 25 set 2023

 
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Sem maioria absoluta e com mais partidos no parlamento. Foram assim as eleições na Madeira

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A coligação PSD/CDS-PP ganhou as legislativas da Madeira de domingo sem maioria absoluta, mas o social-democrata Miguel Albuquerque prometeu formar um governo com estabilidade, numa legislatura em que o parlamento regional passa de cinco para nove partidos.

Feitas as contas, quem se vai sentar no parlamento?

Além do PSD e do CDS-PP, mantêm-se no parlamento o PS, que passou de 19 para 11 deputados, o JPP, que aumentou a bancada de três para cinco elementos, e o PCP, representado novamente por um deputado (eleito pela coligação com o PEV, a CDU).

Vão ainda sentar-se na assembleia dois estreantes no hemiciclo — o Chega (quatro deputados) e a Iniciativa Liberal (um) -, bem como o PAN e o BE, que já tinham tido representação e alcançaram agora um mandato cada.

Como vai ser constituído o governo?

Durante a campanha, o líder do PSD/Madeira e do Governo Regional afirmou que se recusaria a governar sem uma maioria absoluta, mas no discurso da vitória disse que vai formar governo nos próximos dias, sem adiantar com que partidos pretende negociar.

Se as portas estão fechadas, por ambos os lados, a um entendimento entre a coligação e o Chega, a Iniciativa Liberal (IL) já disse que “abre a porta para conversar” com os sociais-democratas”. A mesma abertura ao diálogo foi admitida pelo Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

De facto, basta o deputado liberal Nuno Morna ou a deputada do PAN Mónica Freitas para formar a maioria absoluta no parlamento.

O que vem a seguir?

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados, após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Ireneu Barreto disse à Lusa que tenciona ouvir os partidos entre quarta e quinta-feira, antes de convidar o líder do PSD/Madeira a formar governo.

Como foi a abstenção na Madeira?

Mais de 253 mil eleitores foram chamados a votar nas legislativas regionais deste ano, com 13 candidaturas na corrida. Contudo, registou-se uma taxa de abstenção de 46,66%. Ireneu Barreto garante que “há eleitores a mais nos cadernos eleitorais”, pelo que a real abstenção será “perfeitamente razoável”.

Em 2019, a abstenção tinha sido de 44,5% e em 2015 de 50,42%, batendo-se nesse ano o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

 
 
Marco Neves
 
 
 
 

Percorremos, num sopro, a história humana para tentar perceber se somos mais ou menos ignorantes que há 50 000 anos. Continuar a ler