Quase dois anos depois do início da guerra, a Ucrânia ainda não está a ver aviões
Edição por Ana Maria Pimentel
Foi há quase dois anos que a Europa acordou com Putin a invadir a Ucrânia. Desde a primeira hora que a União Europeia, e os aliados, não tiveram dúvidas sobre que lado apoiar. Com António Costa a fazer um dos primeiros discursos de apoio inequívoco, e a disponibilizar ajuda, à nação azul e amarela.
Mas ao longo destes últimos dois anos, embora o lado nunca tenha mudado, o apoio foi-se tornando menos fulgurante principalmente depois de outro conflito ter estalado (ou escalado) no médio oriente. Desde o primeiro dia da invasão que a cada ajuda recebida, Zelensky agradece e pede outra: aviões.
Kiev tem pedido insistentemente o fornecimento de aviões de combate como forma de contrariar a superioridade aérea das forças russas desde a invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
Vários países aliados, incluindo Países Baixos, Dinamarca, Noruega, Bélgica e Estados Unidos, prometeram algumas dezenas de F-16 à Ucrânia no âmbito de uma coligação internacional integrada também por Portugal.
A formação de pilotos e pessoal ucraniano neste avião de combate tem decorrido nos últimos meses mas as primeiras entregas dos aparelhos não estão ainda agendadas, havendo apenas a indicação de que acontecerão durante o primeiro semestre deste ano.
Hoje, Gomes Cravinho reafirmou que Portugal “está disponível e está a dar o seu contributo para a formação em F-16”, observando que não se trata de “mais um pedaço de equipamento” militar, mas de “um sistema de armas complexo que envolve várias modalidades”.
Segundo Gomes Cravinho, durante uma visita a Kiev, reiterou que Portugal mantém a sua disponibilidade “para formar pilotos e técnicos de manutenção, apoio de retaguarda em termos de manutenção, aconselhamento técnico em matéria de manutenção dos aeródromos” e em todos os elementos em que Portugal tem experiência como utilizador dos aviões de caça norte-americanos.
“Espero que sejam disponibilizados [os caças F-16] rapidamente e utilizados no máximo do seu potencial ao longo de 2024”, afirmou o governante português.
No dia em que o Ministro dos Negócios Estrangeiros visita a Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia anunciou que até ao final de março a União Europeia (UE) vai conseguir entregar 500.000 munições de artilharia à Ucrânia, metade daquilo que foi prometido há um ano. E o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu que "cada euro" da União Europeia (UE) mobilizado para a Ucrânia é um investimento na segurança do bloco comunitário, enquanto a presidente da Comissão Europeia defendeu integração na área da defesa.
Tudo numa altura em que algumas notícias dão conta da possível demissão do comandante das Forças Armadas, Valerii Zaluzhnyi, devido a divergências com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que admitiu na segunda-feira uma remodelação no Governo.
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