Depois da JMJ, o calor e os incêndios não dão espaço à silly season
Edição por Rute Sousa Vasco
Esta segunda feira é dia de balanços e de uma certa nostalgia depois de uma semana em que Lisboa foi uma espécie de aldeia do mundo.
Não foi tudo perfeito, como podem ler no relato da jornalista e peregrina do SAPO24, Alexandra Antunes, mas nada impediu que a alegria fosse a memória mais vida da semana da Jornada Mundial da Juventude.
Fica também na memória as palavras do Papa, repetidas por quem participou na JMJ e por quem só assistiu através dos meios de comunicação social. A analogia entre a vida e a água destilada, o incentivo a sonhar e a não ter medo e o sentido de humor - e o pragmatismo - sempre presente, mesmo e sobretudo quando a mensagem é séria.
E, claro, a frase com milhares de jovens brindaram Francisco onde quer que fosse: "Esta é a juventude do Papa".
Nos balanços operacionais, as primeiras palavras foram as do Papa que agradeceu a organização da JMJ, dizendo que tinha sido a mais bem preparada e do Vaticano veio o reforço com a declaração que esta foi a jornada "com menos problemas".
Para hoje foi marcada a conferência de imprensa da organização da JMJ que começou com uma hora de atraso e acabou em poucos minutos. Isto porque o presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude, bispo Américo Aguiar, pouco tinha a dizer além dos agradecimentos, já que sobre contas e resultados, só mais tarde. E também porque estava apressado para o almoço para que foi convidado por António Costa, em conjunto com o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.
A semana arranca com altas temperaturas, aviso vermelho em seis distritos e com focos de incêndio espalhados pelo país, com mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro e dos distritos de Beja e Faro em perigo máximo. A partir de terça as temperaturas deverão baixar - talvez dê chance à silly season de se instalar que uma vez ao ano todos precisamos um pouco de brisa leve.
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Há muitas formas de olhar para uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas certamente nenhuma será melhor do que pelos pés e olhos de um peregrino. Fazem-se quilómetros, contam-se e ouvem-se histórias, acumula-se cansaço e aguçam-se os sentidos para não perder nenhum pormenor dos últimos dois dias em que Lisboa foi o mundo inteiro. Estas são algumas memórias de uma jornalista-peregrina.
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