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Newsletter diária • 08 mai 2023

 
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Edição por Raquel Almeida

Portugal não seria a primeira república na Europa a transformar-se em monarquia. Muita coisa mudava mas, para já, a constituição impede-o. "Desde logo não havia estes dramas de Marcelo e Costa, porque o rei reina e não governa. Sobretudo, os reis têm de se manter no seu pedestal e não podem andar a trocar galhardetes", disse o embaixador José Bouza Serrano, que fez toda a sua carreira em monarquias, ao SAPO24.

Esta questão levanta-se após os últimos dias, marcados pelas celebrações da coroação do Rei Carlos III e de Camila, numa cerimónia na Abadia de Westminster, em Londres, plena de pompa e tradições seculares, e que aconteceu pela última vez há 70 anos. Embora com um ritual que não muda há praticamente mil anos, numa espécie de aceno às preocupações modernas, o óleo da unção foi vegano. Já a receita em força nas mesas inglesas foi a quiche.

Na varanda do Palácio de Buckingham, os reis acenaram à multidão, cumprindo a tradição que começou com a coroação de Eduardo VII em 1902, e assistiram a um espetáculo aéreo. As celebrações continuaram, com milhares de refeições coletivas nas ruas e, ao final do dia de domingo, o concerto da coroação, com Katy Perry, Lionel Richie e Take That, onde eram esperadas 20.000 pessoas.

Apesar da grande mobilização, o funeral de Isabel II teve mais espetadores. Reis Carlos III e Camila registaram uma audiência média de 18,8 milhões de pessoas nas televisões do Reino Unido, com um ponto máximo de 20,4 milhões, na imposição da coroa, ficando abaixo da audiência média de 26,5 milhões de pessoas no passado mês de setembro. Ainda assim, Carlos III e Camila declararam-se "profundamente comovidos".

Entre as centenas de convidados de honra que assistiram ao vivo à coroação, estava o madeirense Maciel Vinagre, funcionário hospitalar condecorado pela rainha Isabel II durante a pandemia, pelo esforço para prevenir e conter a infeção de covid-19 dentro de hospitais britânicos, protegendo doentes e funcionários.

Mas estiveram também reis de todo o mundo, primeiras-damas, e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que saudou o "momento de alegria" e considerou a coroação o início de "um novo ciclo histórico". Da China aos Estados Unidos, vários países mandaram mensagens de parabéns ao novo Rei Carlos III, e quanto ao príncipe Harry, envolto em muita polémica com a família, chegou sozinho e partiu imediatamente após a cerimónia.

Joe Biden não esteve presente, embora tenha cumprimentado o Rei e a Rainha e saudado a "longa amizade" entre os dois povos, no Twitter. A sua ausência é uma espécie de tradição não escrita com raízes na história dos dois países e, mais concretamente, na independência dos Estados Unidos a partir do então império britânico.

Mas entre a festa, houve também tempo para detenções. Seis ativistas do grupo antimonarquia "Republic", entre os quais o dirigente, Graham Smith - que foi libertado, juntamente com outros elementos, após cerca de 16 horas de detenção -, foram detidos quando se preparavam para protestar contra a coroação. Os agentes detiveram ainda dezenas de ambientalistas que planeavam ações ao longo do percurso do cortejo real.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel

*Com agências

 
 
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