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Newsletter diária • 26 fev 2024

 
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Agricultores deixam Bruxelas a ferro e fogo

 
 

Edição por Beatriz Cavaca

Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) reúnem-se hoje, em Bruxelas, para analisar as medidas de ajuda aos agricultores e, do lado de fora do Parlamento Europeu, os profissionais do setor não deixaram de se fazer presentes, desta vez em confronto com as autoridades.

O protesto conta já com a presença de pelo menos 900 agricultores, segundo a contagem oficial das forças de segurança da cidade.

Pelas 10h00 (hora de Lisboa), os manifestantes romperam uma das barreiras de segurança entre o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia, procurando com os tratores chegar o mais perto possível das instalações do executivo comunitário, um movimento que pode ser observado nesta galeria do SAPO24.

Às 11h55 locais (10h55 em Lisboa), os agricultores fizeram uma coluna e tentaram avançar cercando Chaussée D'Etterbeek, uma rua nas traseiras dos edifícios do Conselho da UE e obrigando a polícia de intervenção a impedir o avanço dos manifestantes, que atiraram petardos com recurso a gás pimenta e canhões de água.

Já às 8h30, centenas de tratores bloquearam os acessos à rotunda de Schuman, a escassos metros dos edifícios da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, e ocuparam a totalidade da Rue de La Loi, uma das principais e mais movimentadas da capital belga.

Até então, o perímetro de segurança instalado pela polícia impedira o avanço dos agricultores até à rotunda. A polícia tentou também impedir os jornalistas de acederem aos espaços para fazer o acompanhamento da manifestação e aos edifícios da Comissão, ainda que devidamente acreditados.

Nas últimas horas, sabe-se também que uma das vias que dá acesso ao aeroporto de Bruxelas esteve fechada durante algumas horas da manhã.

Sobre este protesto, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, presente em Bruxelas, considerou que a manifestação dos agricultores a decorrer em Bruxelas é uma "demonstração de força" contra o "discurso político" do executivo de Ursula von der Leyen.

“É uma demonstração de força, é exatamente para que não exista dúvida alguma sobre a determinação dos agricultores e a necessidade de alterar as regras relativamente à Política Agrícola Comum [PAC]”, disse.

Disse ainda que a Presidente da Comissão Europeia anunciou um conjunto de intenções” que “precisam de ser colocadas no regulamento comunitário”.

“Enquanto não forem alterados [os regulamentos comunitários], nada disto tem efeito prático. Aquilo que os agricultores de toda a Europa estão aqui a dizer hoje é que é necessário colocar em prática aquilo que foi o discurso político”, acrescentou.

A maioria das reuniões de hoje acabou por ser cancelada dada a seriedade do protesto dos agricultores e os confrontos em que se envolveram com as forças de segurança no exterior do edifício do Conselho da União Europeia.

Recorde-se que os agricultores se queixam, nomeadamente, do excesso de burocracia para aceder aos apoios da UE, do custo de vida e dos combustíveis e da discrepância dos preços no produtor e consumidor.

Já Bruxelas anunciou na quinta-feira que vai propor a simplificação de regras da Política Agrícola Comum, como as dos controlos agrícolas, e avançar com um inquérito ‘online’, entre março e maio, para ouvir as queixas do setor.

No que diz respeito à PAC, querem a simplificação de regras, como alguns requisitos de condicionalidade que os agricultores da UE têm de cumprir e a isenção das pequenas explorações agrícolas, com menos de dez hectares, dos controlos relacionados com o cumprimento destes requisitos.

*com Lusa

 
 
 
 

 
 

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