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Newsletter diária • 07 mai 2024

 
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A fita do tempo das últimas vertiginosas 16 horas em Gaza

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Se ontem o sol se pôs com uma réstia de esperança, hoje amanheceu para voltar a ser apagado com a sombra da realidade negra que se vive no médio oriente.

Ontem, pelas 18 horas, o movimento armado islamita Hamas anunciou ter aceitado uma proposta de cessar-fogo, mediada pelo Egito e pelo Qatar, para suspender a guerra de sete meses com Israel na Faixa de Gaza. Isto depois de a Autoridade Palestiniana ter apelado aos Estados Unidos para impedirem a ofensiva israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, alertando para as "repercussões perigosas" das manobras militares de Israel.

Propostas de cessar-fogo têm sido muitas, e não foi isso que nos fez ter mais esperança no fim de um conflito que tem dizimado milhares de civis. Mas sim o facto de o Hamas ter aceitado a proposta para suspender a guerra de sete meses com Israel na Faixa de Gaza.

Depois do anúncio desta decisão, os Estados Unidos disseram que estavam a "examinar" a resposta do Hamas a uma proposta de cessar-fogo e voltaram a pedir a Israel que não ataque a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Não obstante este pedido, por volta da hora de jantar em Portugal, e segundo um dos correspondente da AFP, o leste da cidade de Rafah estava sob ataque, com vários bombardeamentos. Resumindo, o Gabinete de Guerra israelita, chefiado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, decidiu prosseguir a ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que concordou continuar as negociações para uma trégua com o grupo palestiniano Hamas.
E, entretanto, o exército israelita disse já hoje ter assumido o "controlo operacional" do lado da Faixa de Gaza da passagem fronteiriça com o Egito em Rafah, depois de receber informações de que estava “a ser usada para fins terroristas” pelo movimento islamita palestiniano Hamas, embora sem fornecer quaisquer provas.Tudo isto em 16 horas, e 16 horas depois do terror que se tem vivido em Gaza. Ainda ontem peritos da ONU para os direitos humanos expressaram o seu "horror" com a descoberta de valas comuns com cadáveres de pessoas que tinham sinais de tortura, execução e de terem sido enterradas vivas pelos militares israelitas.Se nos primeiros dias Israel tinha a opinião pública do seu lado depois da invasão e massacre de 7 de outubro, o mundo tem condenado cada vez mais a sua defesa desproporcional. Inclusive os estudantes americanos que se têm manifestado de forma sonora - e em alguns casos até agressiva - lembrando a reação à guerra do Vietname. Pondo as universidades, em particular, e os Estados Unidos, no geral, numa posição muito complicada. Porque, como escrevia José Couto Nogueira, "as grandes universidades são em grande parte financiadas por judeus muito ricos e frequentadas por muitos estudantes pró-palestinianos". Ora, ainda hoje se soube que a  Universidade de Columbia, epicentro dos protestos contra a guerra em Gaza, anunciou o cancelamento da principal cerimónia de licenciatura da denominada "geração covid", que aconteceria no dia 15 de maio.
*Com Lusa

 
 
 
 

 
 

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