Em resposta a um inquérito realizado em novembro pela Agência Nacional Erasmus+, que gere o CES em Portugal, 93% dos cerca de 200 jovens participantes disseram que a experiência lhes deu “competências fundamentais para o seu futuro” e 73% afirmou que o seu envolvimento nos programas de voluntariado “foi fundamental para se prepararem para o mercado de trabalho”.

O CES é uma iniciativa da União Europeia dirigida aos jovens, dando-lhes a oportunidade de realizar projetos de voluntariado, no próprio país ou no estrangeiro, em benefício de pessoas e comunidades de toda a Europa, apoiado nas grandes prioridades políticas da União em vertentes como a inclusão e a diversidade, o incentivo a comportamentos ambientalmente sustentáveis e responsáveis, apoio à literacia digital e o fomento da participação cívica dos cidadãos.

Do inquérito concluiu-se igualmente que 95% dos jovens portugueses envolvidos no último triénio no CES ficaram, após essa experiência, mais respeitadores de outras culturas.

Ficaram “mais atentos e com maior respeito pelas outras culturas, e promotores de dinâmicas multiculturais”, concluiu a agência Erasmus+.

Os resultados do inquérito permitem também inferir que 88% dos jovens evoluíram na sua capacidade de gerir conflitos, em alguns casos bastante, “graças às aprendizagens e experiências resultantes da sua experiência” no programa.

A mesma percentagem de jovens concluiu, segundo os resultados antecipados hoje à agência Lusa, que a frequência do CES os transformou em cidadãos europeus “mais atentos, informados e participativos”.

Também melhoraram, em 85% dos casos, a sua capacidade de comunicação em público e registaram assinaláveis melhorias no domínio do idioma inglês — 70% na comunicação escrita e 80% na oral.

Os resultados serão divulgados no domingo na Alfândega do Porto, por ocasião do Dia Internacional do Voluntariado, uma celebração lançada em 1985 sob os auspícios da Assembleia Geral da ONU.

O programa da Alfândega do Porto prevê outras iniciativas como a distinção de organizações portuguesas que viram os seus projetos de voluntariado apoiados pelo Corpo Europeu de Solidariedade, considerando-os “inspiradores” e evidenciadores de “boas práticas”.