A terceira república báltica, a Lituânia, já tinha anunciado no sábado que, desde o início deste mês, não importava gás vindo da Rússia.

A EFE refere que nenhum gás russo atravessou a rede do Báltico desde 31 de março e que, citando o presidente do operador letão JSC Conexus Baltic Grid, Uldiss Baris, a exigência de Moscovo de que o gás fosse pago em rublos foi um sinal da necessidade de agir rapidamente.

“De uma perspetiva de segurança, já não havia confiança”, afirmou Baris, explicando que o fornecimento de gás é agora feito principalmente através do terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) do porto lituano de Klaipeda e do depósito de Incukalns na Letónia.

A Lituânia foi o primeiro dos 27 países da União Europeia a prescindir do gás russo, graças a uma política energética coerente seguida nos últimos anos.

Até 2015, quase 100% dos gás consumido na Lituânia era importado da Rússia, mas a situação mudou drasticamente nos últimos anos, após o país ter construído em 2014 um terminal de importação de gás natural off-shore na cidade portuária de Klaipeda.

No último ano, cerca de 26% do abastecimento de gás na Lituânia era proveniente da Rússia, 62% do terminal de gás natural de Klaipeda e 12% vinha de um reservatório da vizinha Letónia.