Isso significa que, no período, as receitas com impostos do setor público superaram as despesas, sem considerar os juros da dívida pública. Estes resultados englobam as contas do Governo central, estados, municípios e das empresas estatais.

O bom desempenho das contas públicas brasileiras se deve em grande parte ao saldo positivo recorde registado por estados e municípios brasileiros no mês passado.

Segundo dados do órgão emissor brasileiro, o Governo central, os governos regionais e as estatais obtiveram, na ordem, excedentes de 708 milhões de reais (cerca de 109 milhões de euros), 10,4 mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros) e 1,8 mil milhões de reais (277 milhões de euros).

No acumulado no ano, o setor público brasileiro consolidado registou excedente de 14,2 mil milhões de reais (2,2 mil milhões de euros) face ao défice de 635,9 mil milhões de reais (cerca de 98 mil milhões de euros) anunciado no mesmo período de 2020.

Nos últimos 12 meses, o défice primário do setor público do país sul-americano atingiu 52,9 mil milhões de reais (8,1 mil milhões de euros), ou 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, reduzindo-se 0,94 ponto percentual face ao défice acumulado no mês anterior.

O Banco Central brasileiro informou também que quando se considera os juros da dívida pública nas estatísticas — no conceito conhecido como resultado nominal — as contas públicas brasileiras registaram défice de 42 mil milhões de reais (6,4 mil milhões de euros) em setembro.

No acumulado dos últimos 12 meses, o défice nominal alcançou 404,6 mil milhões de reais (62,2 mil milhões de euros), ou seja, 4,84% do PIB do país, reduzindo-se face ao acumulado até agosto de 466 mil milhões de reais (71,6 mil milhões de euros) ou 5,62% do PIB.