“É uma economia forte. Nada (…) sugere que esteja próxima ou vulnerável a uma recessão”, disse, durante uma conferência de imprensa, subsequente à reunião do comité de política monetária da Fed.

“Claro que, considerando os acontecimentos no mundo, o desaparecimento dos efeitos da política orçamental e da subida das taxas, pode-se assistir a uma atividade económica mais lenta”, acrescentou, lembrando que 2021 tinha sido “um ano de crescimento extraordinariamente forte”.

A Fed anunciou hoje uma subida da sua taxa de juro de referência em 50 pontos-base (0,50%), o primeiro aumento desta dimensão desde 2000, para tentar controlar a inflação.

No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Fed indicou que se justificam outros aumentos no futuro.

Esta taxa fica agora no intervalo entre 0,75% e 1,00%.

A reação imediata da praça bolsista nova-iorquina às declarações de Powell foi de alívio, uma vez que foram reduzidas as possibilidades de aumentos da taxa superior ao anunciado hoje.

As afirmações de Powell reduziram as preocupações com a eventualidade de a Fd estar a caminho de um aumento significativo da taxa de juro de referência em três quartos de um ponto percentual (0,75%) na sua próxima reunião, em junho.

Depois de conhecida a decisão da Fed, o S&P500 passou a valorizar 2,2%, após oscilar entre pequenos ganhos e perdas, o Dow Jones subia dois por cento, tanto quanto o Nasdaq, que até então chegara a evluir em terreno negativo.

Até às declarações de Powell, os investidores receavam que o aumento próximo da taxa de juro de referência fosse de 75 pontos-base.

Powell afastou esta preocupação, assegurando que o banco central “não estava a considerar de forma ativa” uma subida dessa dimensão.