Em entrevista na SER, o governante assinalou que “o importante” é que Espanha consiga o cargo que o Eurogrupo votará no mês de fevereiro e que terá de ser ratificado pelo Conselho Europeu.

Segundo Luis de Guindos, Espanha já falou há algum tempo com o governo alemão sobre a vice-presidência do BCE.

O ministro da Economia não quis pronunciar-se sobre se será ou não candidato ao cargo, insistindo que não vai “especular” nesse sentido ou sobre uma possível reforma do governo associada à sua hipotética saída.

“Não tenho que ser eu necessariamente”, frisou o governante, lembrando que o presidente Mariano Rajoy sabe o que tem que fazer e “evidentemente” terá que substituir qualquer elemento do governo que saia.

Sobre o setor bancário, o ministro da Economia considerou que o Bankia, atualmente a finalizar o seu processo de fusão com o BMN, se irá privatizar em função das circunstâncias específicas do mercado.

Para o governante, irá gerar “muitos recursos” ao Estado, por ser uma entidade que “vale muito” enquanto “banco mais solvente de Espanha” e porque se aumentarem as taxas de juro, haverá uma “revalorização muito importante”, de entre 30 a 50%.

Segundo o ministro, uma subida de taxas de juro para o setor bancário seria positiva para a economia espanhola e uma consequência da “normalização” da situação europeia.

Luis de Guindos advertiu não ser lógico que a Euribor esteja com taxas negativas, considerando que as taxas de juro têm que subir, de forma moderada, em cerca de meio ponto.

Manifestou ainda não ter “nenhuma ideia” sobre possíveis fusões bancárias em Espanha e, sobre o assunto, indicou apenas que o que seria bom era que houvesse fusões transfronteiriças na Europa.