A posição de Fernando Medina foi transmitida hoje durante a sessão de abertura do segundo dia do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), no parlamento, depois de na quarta-feira se terem ouvidos críticas à direita e à esquerda à proposta orçamental.

“Como pode alguém com verdade falar de política falar de austeridade? Não pode porque serão quatro anos de aumentos, de estabilidade, de compromisso”, afirmou o governante, garantindo também a Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que não haverá injeções no Novo Banco.

"Não haverá injeções no Novo Banco. Não está orçamentada nenhuma transferência para o Novo Banco", salientou o ministro das Finanças.

Fernando Medina disse ainda que o Governo não vende "ilusões", nem responde com "estados de alma" aos desafios do contexto externo, garantindo que irá mobilizar as forças internas do país.

"O contexto é adverso e os riscos são elevados, não negamos este enquadramento. Mas perante um cenário que é exigente, não vendemos ilusões. Fazemos escolhas e agimos com determinação", disse Fernando Medina, no discurso de abertura do segundo dia do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

O ministro defendeu que a proposta orçamental responde a um contexto de particular exigência para o país, elencando os vários desafios externos, como a guerra na Ucrânia, as dificuldades no abastecimento e produção a nível global, a antecipação de fortes abrandamentos nas economias dos principais parceiros de Portugal, o aumento dos preços da energia, a elevada inflação e a subida dos juros.

"Mas perante as adversidades não respondemos com lamento, passividade e muito menos com resignação", disse, acrescentando que "perante as adversidades reunimos as nossas forças, definimos o nosso caminho e trabalhamos sem abalo ou estados de alma".

*Com agências