“Vivemos atualmente uma crise energética difícil, que se transforma cada vez mais em crise económica”, afirmou o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, em conferência de imprensa.

Para 2022, o crescimento foi revisto em baixa para 1,4% e a inflação revista em alta para 8%, contra, respetivamente, 2,2% e 6,1% antecipados nas últimas previsões em abril.

Esta previsão em baixa surge em linha com o divulgado na terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que também anteviu que a maior economia europeia entre em recessão em 2023, tal como Itália.

“Sem o efeito do bloqueio nos preços do gás, a inflação seria significativamente mais elevada em 2023”, afirmou o Ministério da Economia em comunicado.

No fim de setembro, o Governo alemão anunciou um plano de 200 mil milhões de euros para subvencionar até 2024 os preços da energia consumida pelas famílias e empresas, o que vai travar a inflação no próximo ano.

Antes de ser anunciado este plano, as previsões dos principais institutos económicos apontavam para uma inflação de 8,8% em 2023.

A economia alemã tem sido particularmente afetada pelas perturbações no fornecimento de gás russo à Alemanha.

Antes da guerra na Ucrânia, 55% do fornecimento de gás à Alemanha vinha da Rússia. Agora, Berlim tem de se abastecer a preços mais elevados.