Os pagamentos serão relativos aos orçamentos atuais de funcionamento da ONU e às operações de paz, explicou a embaixadora Cherith Norman Chalet, embaixadora americana para a Administração e Reforma da ONU.

A responsável não avançou o valor acumulado que os Estados Unidos têm em atraso, sobretudo desde 2017, quando o Presidente, Donald Trump, decidiu diminuir o valor das contribuições do país para as missões de paz.

Até ao início da semana, de acordo com documentos da ONU, Washington devia cerca de 950 milhões de euros ao orçamento para funcionamento corrente da organização, dos quais cerca de 600 milhões são relativos a este ano.

No que diz respeito ao pagamento de operações de paz, a dívida dos EUA ascendia a 2,1 mil milhões de euros.

“Desembolsámos recentemente 180 milhões de dólares [cerca de 160 milhões de euros] e pagaremos mais 96 milhões de dólares [85 milhões de euros] nas próximas semanas”, disse Norman Chalet.

“Outros pagamentos serão feitos em novembro”, prometeu, lembrando que o atraso dos Estados Unidos nas contribuições deveu-se, em grande parte, ao facto de o ano fiscal do país começar em outubro e terminar no final de setembro, não coincidindo, por isso, com o ano civil, que é aplicado pela ONU.

A diplomata acrescentou ainda que Washington considera que algumas das medidas adotadas pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para lidar com a crise de liquidez “deviam tornar-se a norma”.

Entre as várias medidas adotadas desde a semana passada na sede da ONU, em Nova Iorque, mas também em Genebra, Viena e Nairóbi, contam-se coisas como desligar as escadas rolantes, fechar os bares mais cedo, reduzir o uso do aquecimento, restringir as viagens e evitar receções, além de impor limites às contratações de tradutores e às impressões de documentos ou atas.

Segundo António Guterres, a ONU tem um défice de 1,2 mil milhões de euros, o que afeta o fecho do ano e o pagamento dos 37.000 funcionários da organização em todo o mundo.

Sete países devedores respondem por 90% da dívida: além dos Estados Unidos, o Brasil, a Argentina, o México, o Irão, Israel e Venezuela.

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