Em comunicado, o ministério informou que a conversa decorreu na passada sexta-feira, a nível vice-ministerial, e permitiu um "profundo intercâmbio de opiniões", sobre o desequilibro no comércio e proteção da propriedade intelectual.

O Ministério assegurou que os dois países alcançaram "novos progressos", sem avançar com mais detalhes, e que definiram os assuntos a abordar nos próximos diálogos e visitas mútuas.

Trata-se da segunda conversa por telefone, a nível de vice-ministros, desde que os presidentes dos EUA e China, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, acordaram um 'armistício' de 90 dias, em 01 de dezembro passado, para tentar pôr fim à guerra comercial entre os dois países.

Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano "Made in China 2025", que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

Washington teme ainda perder o seu domínio industrial para um rival estratégico em ascensão.