“Temos dificuldades maiores do que algum dia já foram [sentidas] e correspondem à falta de assiduidade devido à covid e a dificuldades de contratação”, afirmou João Bento, que falava numa audição parlamentar na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

O responsável dos CTT garantiu que, para ultrapassar estas dificuldades, já foram contactados, por exemplo, todos os consulados dos países de língua oficial portuguesa, bem como juntas de freguesia e câmaras.

“Eu recebo um relatório diário e, pela primeira vez, ontem [segunda-feira], o número de vagas por ocupar ficou abaixo das 80”, sublinhou.

Em resposta aos deputados, o presidente executivo dos CTT destacou ainda a abertura voluntária de lojas em todas as sedes de concelho.

Por outro lado, lembrou que existem 570 lojas CTT em Portugal, a que se somam 1.800 agentes e 5.000 agentes ‘payshop’, vincando não existir uma outra rede “com este tipo de proximidade”.

João Bento referiu também que, entre 2019 e 2021, apesar da queda dos proveitos associados ao correio e da respetiva margem do lucro da empresa ter ficado nos 17%, foi possível aumentar as receitas e o número de trabalhadores.

Encerrados 1.528 pontos CTT entre 2001 e 2014

"Entre 2001 e 2006 encerraram 982 pontos CTT, entre os quais 119 lojas e, entre 2006 e 2011, mais 302, onde se incluem 117 lojas", adiantou João Bento, em resposta ao PCP, na comissão parlamentar de Economia.

Já entre 2006 e 2011 foram encerrados mais 302 pontos, incluindo 117 lojas CTT, a que se somam mais 244 pontos fechados entre 2011 e 2014. No entanto, desde aí e até 2021, "aumentaram em 57% os pontos CTT", contabilizando-se, por exemplo, mais 110 postos.

Conforme destacou, só desde maio de 2019, ano em que João Bento assumiu a presidência executiva dos CTT, foram abertas 32 lojas. "Hoje temos mais estações e povoações onde há postos CTT", garantiu o presidente executivo à audição parlamentar que decorreu esta tarde.

(Notícia atualizada às 16:38)