Em conferência de imprensa, o comissário europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, Karmenu Vela, salientou que as medidas de contingência hoje formalmente adotadas vigoram apenas até final.

“Procuramos chegar a um acordo de longa duração com o Reino Unido, mas é preciso uma solução imediata”, salientou.

Os planos de contingência visam que os navios pesqueiros do Reino Unido mantenham o acesso às águas da UE, desde que Londres conceda reciprocidade aos pescadores do bloco europeu que operam nas águas britânicas, “por um período de tempo limitado, após a data da saída”.

A posição da UE sustenta-se no facto de as oportunidades de pesca e as respetivas quotas nacionais para este ano terem sido negociadas ainda com o Reino Unido.

Bruxelas prevê ainda uma compensação para os pescadores da UE, caso as suas atividades em águas do Reino Unido sejam temporariamente interrompidas pelo encerramento das mesmas.

Portugal tem interesse em manter, quando se negociar um acordo de pescas pós-‘Brexit’ com Londres, a situação que permite à Noruega pescar em águas britânicas em troca de acesso às suas.

A primeira-ministra britânica formalizou hoje um segundo pedido de prorrogação da data de saída do Reino Unido da UE até dia 30 de junho, indicando estar a preparar-se para realizar eleições europeias em maio.