Num discurso proferido no Laboratório da União Económica e Monetária (Laboratório UEM) do Instituto Universitário Europeu, em Florença, na Itália, Schnabel afirmou que a política monetária deve “permanecer restritiva” até que o BCE possa estar confiante de que a subida dos preços desacelere de “forma sustentável” para o objetivo de médio prazo de 2%.

“O recente período de inflação elevada sugere que, para evitar sermos forçados a adotar uma política de ‘stop-and-go’ semelhante à da década de 1970, devemos ser cautelosos e não ajustar prematuramente a nossa orientação política”, disse Isabel Schnabel no evento.

Esta declaração reforça as palavras ditas na quinta-feira pela presidente do BCE, Christine Lagarde, que alertou para “decisões precipitadas” sobre o corte nas taxas de juro, argumentando que não há provas suficientes de que a inflação da zona euro esteja a regressar ao seu objetivo de médio prazo (2%).

Anteriormente, Lagarde tinha sugerido que o verão seria a “altura ideal” para reduzir as taxas de juro diretoras da zona euro.

Na reunião de política monetária de 25 de janeiro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.