Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) estão atualmente em negociações para tentar alcançar um consenso sobre este Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros proposto pela Comissão Europeia.

O plano, que irá beneficiar em particular países como Itália e Espanha, que estão entre os mais afetados a nível europeu e internacional pela atual crise sanitária, tem suscitado muitas reservas junto de quatro Estados-membros apelidados como “frugais”: Países Baixos, Áustria, Suécia e Dinamarca.

Um Conselho Europeu está agendado para 17 e 18 de julho, em Bruxelas, para tentar alcançar uma adoção unânime do plano de recuperação.

“Queremos encontrar um compromisso (…). Ficaria feliz se houvesse uma solução rápida”, declarou o líder conservador austríaco, durante uma comissão parlamentar.

No entanto, Sebastian Kurz sublinhou que “as diferenças de pontos de vista” entre os Estados-membros ainda eram significativas.

A proposta avançada pela Comissão Europeia prevê um plano de investimento de 750 mil milhões de euros para apoiar a recuperação dos setores económicos e países mais afetados, dois terços dos quais (500 mil milhões) serão canalizados por subvenções e um terço (250 mil milhões) por empréstimos.

A Áustria quer privilegiar um programa assente em empréstimos sob condições em vez de subvenções, insistindo que toda a ajuda deve estar sujeita a critérios como a proteção do clima, a vontade de reforma ou o Estado de Direito.

A definição e a própria existência destes critérios continuam a gerar divergências, sublinhou o chanceler austríaco, que espera realizar uma segunda cimeira antes da pausa das férias de verão.

Na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, cujo país assumiu este mês a liderança semestral do Conselho da UE, exortou os parceiros comunitários a mostrarem solidariedade e a adotarem este plano de recuperação.

A Alemanha considera essencial a UE chegar a um acordo ainda antes do verão sobre o Fundo de Recuperação e o próximo Quadro Financeiro Plurianual, o orçamento da UE para 2021-2027 (revisto no valor de 1,1 biliões de euros), ao qual o fundo estará associado.

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