No final de março, o embaixador Erwin Bollinger, alto funcionário da Secretaria de Estado da Economia suíça, estimou que os ativos bloqueados desde a invasão da Ucrânia, ascendiam a 5,75 mil milhões de francos, subindo a estimativa para 7,5 mil milhões de francos duas semanas depois.

Contudo, o valor dos ativos congelados pelas autoridades suíças foi revisto em baixa na sequência de esclarecimentos sobre os ativos em causa, explicou o Ministério da Economia. Em meados de maio, o valor apontado era de 6,3 mil milhões de francos suíços.

A partir de 7 de julho, o valor dos ativos bloqueados subiu para 6,7 mil milhões de francos, especifica o ministério numa análise divulgada no seu site.

Conhecida pela sua neutralidade, a Suíça rompeu com a tradicional reserva nos dias seguintes ao início da guerra na Ucrânia, alinhando-se com as sanções da União Europeia contra a Rússia.

Em particular, exigia que os bancos suíços procurassem indivíduos, empresas ou entidades visadas pelas sanções entre os clientes e as denunciassem ao Ministério da Economia.

Entre as sanções adotadas, a Suíça também proibiu a exportação de bens de luxo e bens que ajudassem a fortalecer as capacidades industriais da Rússia.

A aplicação das sanções pela Suíça, no entanto, tem sido alvo de críticas.

O Partido Socialista Suíço, a segunda formação política no Parlamento, apresentou uma queixa administrativa em abril para protestar contra a aplicação muito “passiva”, segundo disse, das sanções, pedindo a utilização dos ativos congelados para participar na reconstrução da Ucrânia.

As vozes mais críticas concentraram-se numa estimativa da Swiss Bankers Association (SBA) sobre os ativos russos administrados na Suíça, julgando os montantes bloqueados insuficientes.

Em meados de março, a SBA, federação que representa cerca de 300 estabelecimentos bancários no país, avaliou os ativos russos administrados na Suíça em cerca de 150 a 200 mil milhões de francos suiços.