O país beneficiou de um aumento de 6% das exportações, o que se deve principalmente à atividade de grandes empresas internacionais do setor farmacêutico e tecnológico.

As multinacionais, sobretudo norte-americanas, escolhem a Irlanda como sede, beneficiando de uma fiscalidade atrativa.

Mas essa presença dificulta a leitura dos números do crescimento do país, que podem variar bastante em função da atividade dos referidos grupos.

Sem o efeito das multinacionais, o PIB da Irlanda caiu 5,4% no ano passado, devido ao impacto da crise sanitária nas empresas e nas famílias. Os gastos do consumo recuaram 9%, o que representa o dobro da queda de 2009 durante a crise financeira internacional.

Os números “mostram mais uma vez o duplo impacto económico da pandemia, afetando as atividades internas”, indicou Donohoe.

Mas, ao mesmo tempo, as multinacionais de farmácia e as tecnológicas foram apoiadas “por fortes vendas de medicamentos ligados a imunologia, de produtos ligados covid-19 e às mudanças para o teletrabalho”, segundo o ministro.

Espera-se uma nova contração da economia interna no primeiro trimestre, devido às restrições em vigor, mas menor do que a registada durante o primeiro confinamento, na primavera passada.

De acordo com o último balanço oficial, a República da Irlanda regista 4.396 mortes por covid-19. O país está atualmente a viver o terceiro confinamento, depois de uma forte subida das infeções no início de janeiro.