“Apurámos um valor de cerca de 500 milhões de dólares, do qual 50% já está pago, e em breve será feito um pagamento de 40 milhões e, mais importante, o Governo de Angola assumiu com o Fundo Monetário Internacional que este ano vai pagar todas as dívidas que estão formalmente registas nas contas públicas”, disse à Lusa o secretário de Estado da Economia.

Em entrevista à Lusa no dia em que participa no Fórum Portugal-SADC, em Carcavelos, Sérgio dos Santos disse que “até ao próximo ano há um calendário de pagamento para as dívidas reconhecidas fora dos procedimentos normais de execução do Orçamento do Estado, e provavelmente essas empresas já vão celebrar um clima de negócios diferente no final do ano”.

O governante vincou ainda: “É importante que a dívida não cresça e daí a atitude do Governo de não deixar acumular compromissos de pagamento nos contratos novos que estão a ser feitos” no país.

No terça-feira, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse na Assembleia Nacional que a dívida pública subiu para 66,7 mil milhões de dólares (59,9 mil milhões de euros), o equivalente a 85% do Produto Interno Bruto, justificando a subida com os preços do petróleo.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o ministro atribuiu esta subida da dívida pública nos últimos três anos à descida das receitas fiscais decorrentes da queda do preço do petróleo, o que causou um “brutal desequilíbrio fiscal”.

Segundo Archer Mangueira, a dívida das empresas públicas, nomeadamente a Sonangol e a Linhas Aéreas de Angola, representam 5% do PIB, enquanto que a dívida emitida pelo Estado vale 80% da riqueza produzida no país.

Em março, o FMI tinha estimado que a dívida de Angola poderia chegar aos 90% do PIB no final deste ano, defendendo cautela na contração dos financiamentos, antes de aprovar um programa de apoio financeiro no valor de 3,7 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros).

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