“A AHRESP tem alertado de forma constante para a perda galopante de postos de trabalho no setor do alojamento, restauração e similares e para as dificuldades que as nossas empresas têm sentido nos processos de recrutamento de profissionais”, referiu hoje a associação, no seu boletim diário.

Assim, a AHRESP considerou “essencial que sejam criadas políticas de incentivo à contratação de profissionais e ao emprego neste setor com a máxima urgência possível, para que a escassez de recursos humanos não constitua um travão à recuperação económica das nossas atividades, nem ponha em causa a competitividade do turismo português, uma das principais fontes de receita para” o país.

A associação lembrou os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), sobre as estatísticas do emprego no terceiro trimestre do ano, que dão conta de um decréscimo de 35.700 trabalhadores do alojamento, restauração e similares, face ao mesmo período de 2020, o que corresponde a uma variação negativa de 12,5%, “a segunda maior quebra registada entre todos os setores de atividade e que contraria a tendência geral de crescimento da população empregada observada a nível nacional”.

No caso da restauração e similares, registou-se uma quebra de 13,1% face ao terceiro trimestre de 2020 e perderam-se 12.600 postos de trabalho entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano.

A AHRESP apontou que se trata de “uma situação sem precedentes nos últimos anos”, uma vez que, devido sazonalidade destas atividades, “é comum” assistir-se ao aumento da população empregada no setor da restauração durante os meses de verão.