A SAD do Sporting registou o seu melhor resultado líquido semestral de sempre, com um recorde de 58,3 ME, superando o anterior máximo do período homólogo, que era de 47,5 ME, bem como o volume de negócios, que foi de 178,1 ME.

Este resultado resulta do maior encaixe anual de sempre com a venda de jogadores, num total de 129,9 ME, que é o mais alto mesmo considerando apenas os seis meses do primeiro semestre, e que permitiu, igualmente, o maior investimento em aquisição de jogadores (65,4 ME).

Os 178,1 ME do volume de negócios registados superam em quase 30 ME o anterior máximo, que tinha ocorrido no semestre homólogo (148,4 ME), então potenciado pelos 35,4 ME da presença na Liga dos Campeões.

Com a venda de jogadores, o resultado operacional do primeiro semestre de 2023/24 saldou-se em 51,8 ME, ainda abaixo dos 56,2 ME do período homólogo.

Com um capital próprio de 67,2 ME, a sociedade desportiva do Sporting reconhece o aumento do passivo em 22,4 ME para um total de 331,4 ME.

O FC Porto apresentou um resultado positivo de 35 ME e capitais próprios ainda negativos, nos 8,5 ME, mas que não incluem ainda os 9,6 ME relativos ao prémio da UEFA de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Os proveitos operacionais, excluindo os passes dos jogadores, atingem agora os 108 ME, crescendo assim cerca de 5 ME relativamente ao primeiro semestre de 2022/23, com especial aumento em várias rubricas, particularmente nas provas da UEFA.

Os custos operacionais, excluindo custos com passes, diminuíram aproximadamente 6 ME, que assentam no decréscimo dos custos com pessoal, pelo facto de o período homólogo ter incluído a atribuição de um prémio de acesso à Liga dos Campeões.

Os resultados com cedências de passes de jogadores voltaram a ter a habitual preponderância nos resultados da sociedade ‘azul e branca’, contribuindo com 39 ME para o resultado deste primeiro semestre de 2023/24.

Os resultados operacionais são assim positivos em 52 ME, o que representa um acréscimo relativamente ao alcançado no primeiro semestre de 2022/23, que foi de 1,4 ME.

O ativo, que se situa nos 504 ME em 31 de dezembro de 2023, reflete um aumento global de 148 ME face a 30 de junho, principalmente devido ao incremento nos ativos fixos tangíveis, justificado pelo registo da avaliação do valor de mercado dos ‘cash-flows’ gerados pelo Estádio do Dragão (279 ME).

O passivo, mesmo tendo em consideração o impacto da contabilização dos impostos diferidos referentes à reavaliação da exploração do estádio, de 35 ME, diminuiu 20 ME. Esta redução assenta essencialmente na diminuição do valor global dos empréstimos, em 85 ME.

Juntando o efeito da reavaliação do valor de mercado do estádio aos resultados apresentados ao semestre, o capital próprio consolidado do FC Porto recuperou 167,5 ME, atingindo em 31 de dezembro de 2023 o valor negativo de 8,5 ME.

Já o Benfica fechou o primeiro semestre do exercício de 2023/24 com um lucro de 18 ME, registando uma melhoria de 31,4 ME em relação ao período homólogo de 2022/23.

Para a obtenção destes resultados contribuiu significativamente a transferência de Gonçalo Ramos para os franceses do Paris Saint-Germain, por 65 ME, acrescido de 15 ME por objetivos.

As vendas de Odysseas Vlachodimos ao Nottingham Forest (4,9 ME mas pode chegar a 9,3 ME), de Gilberto para o Bahia (2,5 ME) e de Ristic para o Celta de Vigo (1,5 ME), enquanto nas aquisições se destacam Jurasek (14 ME), Trubin (10 ME) e Arthur Cabral (20 ME).

Os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingem os 106,4 milhões de euros, o que representa uma redução de 4,6% face aos 111,5 milhões de euros apresentados no período homólogo. Este valor corresponde ao segundo melhor registo alcançado pela Benfica SAD num primeiro semestre.

O capital próprio do clube da Luz, em 31 de dezembro de 2023, corresponde a 131,3 ME, um valor que representa um aumento de 15,9% face ao montante apresentado em 30 de junho de 2023, de 113,2 ME.

Os gastos com pessoal, comparativamente ao período homólogo anterior, registam um crescimento de 3,9%, situando-se nos 62,4 ME, justificados pelo Benfica com o aumento das remunerações fixas e dos seus encargos.

Já os rendimentos totais ascendem a 180,4 ME, o que representa um crescimento de 41,8% face aos 127,3 ME apresentados no período homólogo, justificado pelo aumento dos rendimentos com transações de direitos de atletas, enquanto

Os rendimentos e ganhos operacionais baixaram de 111,5 ME para 106,4 ME, em grande parte devido ao discreto desempenho na Liga dos Campeões, tendo ainda as atividades comerciais, Red Pass e receitas de jogos nas provas nacionais subido.

Os prémios da UEFA renderam 43,4 ME, verba inferior aos 52,4 ME no exercício anterior, e as receitas de televisão, na sua grande parte referentes ao contrato de exploração dos direitos de transmissão com a NOS, situaram-se nos 24,8 ME.

Já depois do fecho deste período, quatro jogadores saíram a título definitivo da Luz – Musa (Dallas FC), Lucas Veríssimo (Al Duhail), Chiquinho (Olympiakos) e João Victor (Vasco da Gama) – por um montante global de 23,5 ME, estando ainda previstos valores adicionais por objetivos que podem atingir os 6 ME.