A reabertura das escolas secundárias e instituições de ensino superior faz parte da terceira fase do plano de desconfinamento do Governo, que arranca hoje e abrange todo o território nacional, incluindo os dez concelhos que não avançam para esta nova etapa.

No entanto, conforme adianta o jornal Público, a maioria das instituções de ensino superior vai manter um sistema misto de ensino, com aulas presenciais e outras à distância, com os alunos divididos por turnos. 

Esta informação é corroborada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, órgão que abrange as universidades portuguesas públicas e que confirmou que não deverá haver instituições a fazer um regresso pleno ao ensino presencial. De resto, desde o início da pandemia que o ensino superior nunca desconfiou totalmente.

“Tirando algumas excepções que não devem ser confundidas com o todo, as universidades irão retomar as actividades nos mesmos moldes em que decorreu todo o primeiro semestre deste ano lectivo. Ou seja, em regime de ensino misto, com turmas divididas por turnos entre ensino presencial e a distância, privilegiando sempre que possível a realização presencial das aulas práticas”, indica a mensagem que o presidente do CRUP e reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, enviou ao diário.

Algumas destas instituições, como o ISCTE, em Lisboa, nem sequer vão optar pelo regime misto, mantendo as aulas à distância porque a grande maioria termina na primeira quinzena de maio. Já na Universidade do Porto, vai imperar este modelo híbrido, com exceção para cursos que necessitam de aulas práticas, como Medicina, Medicina Dentária ou cursos de Belas Artes.

Já nos politécnicos, está previsto um modelo de regresso faseado, sendo dada prioridade a algumas áreas onde se crê ser mais necessário haver aulas presenciais, sendo que os cursos de ciências empresariais e humanidades deverão apenas regressar entre 26 de abril e 3 de maio.

De acordo com o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos, este é um “regresso desejado e ambicionado, porque, naturalmente, nas áreas da saúde, das engenharias, do desporto ou das artes performativas, é fundamental o ensino presencial”, assim como “na enfermagem, na fisioterapia ou entre outros das tecnologias da saúde”, onde “a componente prática e laboratorial é essencial”.

Segundo adianta o Público, para além dos alunos que necessitam de aulas práticas e laboratoriais, também os estudantes do primeiro ano da generalidade dos cursos e de cursos técnicos superiores profissionais deverão regressar nesta segunda-feira ao ensino presencial. No caso destes últimos, a justificação para um regresso em pleno dá-se porque são cursos com menos alunos por turma.