“Como resultado de um ataque terrorista, organizado pelo lado ucraniano”, disse a administração russa de ocupação, num comunicado, “três postes de betão que transportavam linhas de alta tensão foram danificados no eixo Berislav-Kakhovka”.

“Atualmente, não há eletricidade ou água na cidade e em alguns distritos da região”, acrescentaram as autoridades da região anexada por Moscovo no final de setembro.

Estes são os primeiros cortes de energia e água conhecidos em Kherson, que afetaram mais uma dezena de localidades na região.

De acordo com a administração regional de ocupação, já foram enviados eletricistas para o local dos ataques, com a missão de reparar as infraestruturas danificadas.

“A eletricidade e o abastecimento de água serão restaurados em toda a região de Kherson, num futuro muito próximo”, asseguraram as autoridades de ocupação.

A Rússia também tem atacado com frequência as infraestruturas de energia da Ucrânia, nas últimas semanas, destruindo cerca de 40%, o que provocou cortes generalizados de energia e de água em muitas áreas, incluindo a capital, Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.