Segundo o presidente da Câmara Municipal da Feira, Emídio Sousa, o edifício em causa situa-se na rua Dr. Elísio de Castro e começou por funcionar como Casa dos Magistrados da comarca local, após o que também já acolheu o guarda-roupa da recriação histórica Viagem Medieval e escritórios da empresa Indáqua.

Agora a autarquia quer lançar o concurso público para reabilitação e ampliação do imóvel, de forma a concentrar nesse espaço "todos os documentos que atualmente estão dispersos pelas caves de vários edifícios", o que dificulta a gestão desse espólio, a sua preservação e também a sua consulta pelo público.

"Tendo em conta que a Igreja da Misericórdia já está em obras mesmo ao lado e que também vamos criar uma praça nova entre o futuro Arquivo Municipal e a [delegação local da] Segurança Social, isto significa a reabilitação integral da frente de todo aquele quarteirão", realçou Emídio Sousa.

A gestão do arquivo ficará depois entregue aos serviços da Biblioteca Municipal da Feira, que, segundo o presidente da Câmara, contará no novo edifício com um fundo documental "todo informatizado e em condições de preservação muito modernas".

A nova morada dos documentos relativos à história e à gestão do município também disponibilizará "novas condições para a consulta e estudo desse fundo por parte do público".

Segundo Emídio Sousa, o concurso público para adjudicar a requalificação do imóvel será lançado "em breve, ainda até final do ano ou logo no início de 2019", e, contando que a empreitada possa arrancar no próximo verão, a obra previsivelmente ficará depois concluída num prazo de 24 meses.

Uma vez terminada a intervenção física no edifício, a Câmara ainda deverá precisar, no entanto, de mais um ano para proceder à transferência do seu fundo documental para essa nova morada, pelo que o presidente da autarquia antecipa que o Arquivo Municipal seja "obra para só ficar devidamente concluída em meados de 2022".