Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, explicou que aos seis distritos em alerta laranja, o segundo mais elevado, já hoje, juntam-se a partir das 00:00 de sábado mais três.

“Seis distritos encontram-se em alerta laranja – Vila Real Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Santarém – e a partir das 00:00 horas de amanhã, sábado, irão ser elevados os estados de alerta laranja para os distritos de Leiria, Coimbra e Aveiro e os restantes em alerta amarelo”, disse André Fernandes.

Na quinta-feira, o Governo decretou a situação de alerta devido ao “significativo aumento do risco de incêndio rural” a partir das 00:00 de hoje e até ao dia 15 de julho.

Ainda segundo o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, o quadro meteorológico no país “mantém-se estável, com humidade relativa do ar inferior a 20% na generalidade do território”, além do vento de leste.

“É expectável a subida gradual e generalizada da temperatura, para valores de máximas de 40 graus [Celsius] e mínimas que podem atingir os 20 graus e, em várias regiões do interior, entre 22 e 25 graus”, sublinhou.

As autoridades, de acordo com André Fernandes, mantêm, igualmente, “o que era expectável com o perigo de incêndio em níveis muito elevados e máximos na generalidade do território”, lembrando a situação de declaração de alerta emitida.

Já o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou 16 distritos de Portugal continental sob aviso laranja no sábado, mantendo-se apenas Faro e Viana do Castelo sob aviso amarelo, devido à previsão de tempo quente.

A situação de alerta, nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes prevista na Lei de Base da Proteção Civil, termina às 23:59 de 15 de julho.

No âmbito da declaração da situação de alerta, são implementadas várias “medidas de caráter excecional”, nomeadamente a proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem.

Outras das medidas são as proibições da realização de queimadas e queimas, de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais, e de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a máquinas.

A situação de alerta implica a elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas, considerando-se para o efeito autorizada a interrupção da licença de férias e a suspensão de folgas e períodos de descanso.