“Acho que a reflexão sobre a justiça deve ser feita serenamente e, sobretudo, não pode ser feita a propósito de um caso em concreto, qualquer que ele seja”, declarou, à saída de um encontro bilateral com o chanceler austríaco, Christian Kern, na sequência da cimeira informal de Bratislava sobre o futuro da União Europeia.

Questionado em concreto sobre o caso do ex-primeiro-ministro José Sócrates e a polémica em torno da Operação Marquês, António Costa disse que a sua posição se aplica a “esse caso ou qualquer outro”.

“Nós temos de ter um sistema de justiça que garanta o direito dos cidadãos, que contribua para o desenvolvimento da economia e que assegure um Estado de direito. E só uma justiça eficaz o pode fazer (…) Mas tem que ser um debate desligado de temas concretos e não pode ser um debate obviamente capturado por interesses corporativos”, declarou.

Para o primeiro-ministro, trata-se de “um debate que deve ser conduzido tendo em conta que a justiça é um pilar fundamental do Estado de direito democrático”.