Em entrevista que será transmitida no domingo pela BBC, e nalguns trechos que foram hoje divulgados, Olena Zelenska salientou que se o apoio ao seu país fosse mais forte, a crise seria mais curta.

A primeira-dama afirmou, em entrevista gravada há dias no palácio presidencial de Kiev, que é importante destacar o custo humano do conflito armado.

Questionada sobre a mensagem que deixa aos britânicos perante o aumento das contas da energia, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Zelenska disse entender a dificuldade da situação.

“Mas, permita-me lembrar que na época da pandemia de covid-19, que ainda está aí, quando houve aumentos de preços a Ucrânia também foi afetada. Além disso, os preços também estão a subir na Ucrânia e, a juntar a isso, o nosso povo está a ser morto”, sustentou.

Zelenska vincou que enquanto os britânicos contam os centavos nas suas contas bancárias ou bolsos, os ucranianos fazem o mesmo e, a acrescentar a isso, contabilizam as baixas humanas.

Estes comentários surgem depois de o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ter dito numa recente visita a Kiev que as famílias da Europa teriam que suportar a crise do custo de vida para combater a agressão russa.

No Reino Unido, a inflação homóloga situa-se nos 10,1%, mas o Banco de Inglaterra anunciou, recentemente, que poderá atingir os 13% até ao final do ano, em resultado da subida dos preços da energia.