“Depois de quase cinco dias de espera, os 314 sobreviventes vão desembarcar no porto de Taranto, em Itália. Que alívio, depois de todas as experiências traumáticas pelas quais passaram”, escreveu a organização nas redes sociais.

A bordo do ‘GeoBarents’ estão 73 menores, o mais novo dos quais com apenas três meses, resgatados em seis operações, todas realizadas na última quinta-feira, algumas delas muito complicadas e que duraram horas.

O navio já atracou, no domingo passado, em Taranto, na região da Puglia (sul da Itália), onde desembarcaram os 65 sobreviventes – e o cadáver de uma mulher – do naufrágio ocorrido em 28 de junho, no qual morreram pelo menos 30 pessoas, incluindo várias crianças e bebés.

Quatro dias depois foi o ‘Ocean Viking’, da organização humanitária SOS Méditerranée, que desembarcou 306 migrantes resgatados em oito operações no porto de Pozzallo, na Sicília.

Desde janeiro desde ano, chegaram às costas da Itália 30.373 migrantes, número bastante superior aos 22.709 registados no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Interior de Itália.

Várias associações denunciaram o estado de abandono e as montanhas de lixo acumuladas no centro de acolhimento da ilha italiana de Lampedusa, bem como as condições em que vivem cerca de 2.000 migrantes num espaço com capacidade para 350 pessoas.

As chegadas de pequenos barcos à ilha tornaram-se, este ano, quase contínuas, às vezes após serem intercetadas pela guarda costeira, mas, em muitas ocasiões, diretamente às praias de Lampedusa.