Segundo a PJ, a investigação foi iniciada em finais de 2022 e teve origem numa participação efetuada por uma junta de freguesia de Lisboa, que denunciou um esquema fraudulento de atestados de residência por parte de cidadãos estrangeiros, com base em falsas declarações.

Fonte policial disse à Lusa que a junta de freguesia em causa e visada neste esquema fraudulento era a Penha de França e a operação realizou-se na Rua Morais Soares e ruas próximas.

De acordo com o Jornal de Notícias, o esquema era liderado por um cidadão indostânico, que se encontra entre os 20 detidos. “Só em sua casa, foram encontrados 1627 atestados de residência” de imigrantes provenientes sobretudo da Índia e do Bangladesh.

Entre os restantes suspeitos apanhados, “está uma residente na Penha de França que terá atestado mais de 600 moradas, lucrando entre 10 mil e 12 mil euros”, escreve o jornal.

“Os detidos são, na generalidade, indigentes ou toxicodependentes", acrescenta.

De acordo com a PJ, a investigação desenvolvida até à data resulta na prática “fortemente indiciada” de crimes de associação de auxilio à imigração ilegal e falsificação de documentos.

A PJ refere ainda que os vinte arguidos detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

*com Lusa