O homem, de 73 anos, foi raptado por volta das 22:00 locais (20:00 em Lisboa) no bairro Malhangalene, ao longo da avenida Milagre Mabote, disse Hilário Lole, porta-voz do Sernic na cidade de Maputo.

Sem avançar se se trata de um empresário ou não, a polícia garantiu que o caso está a ser investigado.

“Neste momento todas as forças [policiais] estão em coordenação e a trabalhar para esclarecer este caso e trazer esta vítima ao convívio familiar”, frisou Hilário Lole.

Segundo uma testemunha citada pelo canal televisivo STV, a vítima, que não se encontra em bom estado de saúde, terá sido raptada por um grupo de três homens armados.

Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Moçambique registou, entre janeiro e novembro, 11 raptos e 27 detenções ligadas aos crimes, segundo dados avançados pela ministra do Interior, Arsénia Massingue.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de junho, a procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

Segundo a magistrada, há vítimas “constantemente chantageadas” mesmo depois de libertadas, continuando a pagar quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.