“Estamos perto. Os negociadores do E3 (Alemanha, França e Reino Unido) deixam Viena dentro de pouco tempo para informar os ministros, mas regressarão em breve”, declarou Stephanie Al-Qaq na rede social Twitter.

Os três países europeus, juntamente com a Rússia e a China, estão há vários meses empenhados em conversações com o Irão para salvar o acordo de 2015 destinado a impedir Teerão de se dotar de armas nucleares - uma intenção que a República Islâmica sempre negou ter.

Os Estados Unidos também participam, mas indiretamente.

O acordo, conhecido pelo acrónimo JCPOA permitiu o levantamento de sanções económicas internacionais ao Irão, em troca de severas limitações ao seu programa nuclear, que visavam impedir o país de produzir a bomba atómica.

Mas os Estados Unidos retiraram-se do acordo em 2018, durante a Presidência de Donald Trump, que o considerava insuficiente, e reimpuseram as sanções. Em resposta, Teerão deixou de cumprir grande parte das restrições às suas atividades nucleares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, declarou-se, por seu lado, disposto a deslocar-se a Viena em caso de acordo.

A presença do seu homólogo russo, Serguei Lavrov, em plena guerra Ucrânia-Rússia, não está, em contrapartida, confirmada.

“Recebemos sinais muito positivos sobre a sua participação”, disse à imprensa o chanceler austríaco, Karl Nehammer.

Agora alvo de sanções norte-americanas e europeias, Lavrov cancelou no início da semana a sua presença no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, invocando as medidas que o proíbem de sobrevoar o espaço aéreo da União Europeia.