“O grupo Air France-KLM está a acompanhar a situação em Portugal. Como já dissemos, estamos muito interessados no projeto de privatização da TAP e aguardamos os próximos passos”, disse à EFE fonte da empresa, após notícias que davam conta de que tinha desistido da compra, devido à situação política em Portugal.

O Estado detém a totalidade do capital da companhia aérea de bandeira portuguesa, depois de ter aumentado a sua participação quando a TAP entrou em dificuldades devido ao impacto da pandemia de covid-19.

O processo de reprivatização arrancou em setembro passado, quando o anterior Governo socialista aprovou as condições da venda, mas ficou em suspenso após a demissão do primeiro-ministro, António Costa, e a convocação de eleições antecipadas para 10 de março, que dera a vitória à Aliança Democrática (PSD/CDS-PP e PPM).

No Programa de Governo, entregue na Assembleia da República, na quarta-feira, o executivo de Luís Montenegro comprometeu-se a “lançar o processo de privatização do capital social da TAP”, sem avançar mais detalhes.

Além da Air France-KLM, o grupo hispano-britânico IAG — empresa-mãe da Iberia, British Airways e Vueling — e a alemã Lufthansa manifestaram também interesse.

A TAP anunciou no final de março que obteve um lucro ‘recorde’ de 177,3 milhões de euros em 2023, ano em que também obteve receitas sem precedentes na história da empresa, superiores a 4.200 milhões de euros.