O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, alertou que, com a greve de hoje e na sexta-feira, a reabertura dos tribunais "recomeçará ainda com mais atrasos, desde diligências adiadas a processos não urgentes parados, o que acarretará prejuízos vários para os cidadãos".

O dirigente sindical referiu que "a greve destina-se principalmente a sensibilizar o utente da justiça" para os problemas do setor e dos funcionários judiciais, com destaque para a falta de recursos humanos.

Os funcionários judiciais em greve protestam contra a falta de pessoal nos tribunais, a estagnação das carreiras e das promoções e aquilo que entendem ser a reiterada atuação à margem da lei por parte da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ).

Relativamente à última movimentação de oficiais de justiça, António Marçal assinalou que "há tribunais que ficam numa situação muito periclitante", uma vez que pela DGAJ foram "retirados elementos essenciais ao seu funcionamento, sem haver o cuidado de os substituir por outros".

A greve foi também convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), que tem sido muito crítico da política governativa para o setor.