“Este não deixa de ser um resultado preocupante, certamente consequência de uma política do anterior Governo, de Hollande [atual Presidente François Hollande], que dececionou os franceses, depois da grande expectativa criada, e também muito influenciada pela forma como a União Europeia e o seu projeto se tem desenvolvido”, lê-se em comunicado.

O centrista Emmanuel Macron foi eleito com 66,10% dos votos, contra 33,90% de Le Pen, segundo os resultados definitivos da segunda volta das eleições presidenciais francesas.

“Preocupante, também, porque este novo Presidente francês, ao que tudo indica, continuará o caminho anterior, tal como parece empenhado em prosseguir o apoio a este projeto de União Europeia, de costas voltadas para os cidadãos e cada vez mais afastado destes”, privilegiando “os grandes interesses económicos e financeiros (...) subserviente às grandes economias, nomeadamente a alemã”.

Os dirigentes do PEV consideram ainda preocupante aquilo que classificam como “o caminho que trouxe a França até aqui que apesar da derrota da extrema-direita francesa e do seu discurso xenófobo, racista e anti-imigrante” porque se mantém “a tendência para o seu crescimento”.