O Ministério da Saúde decidiu incluir a vacinação de reforço contra a covid-19 na próxima época de vacinação contra a gripe, que se deve iniciar na segunda quinzena de setembro, uma medida aplaudida pelo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Hélder Mota Filipe.

Esta medida aproveita “a possibilidade que os farmacêuticos comunitários, através das farmácias comunitárias, têm de ajudar o próprio sistema de saúde e o Serviço Nacional de Saúde em particular”, disse o bastonário à agência Lusa.

Segundo Helder Mota Filipe, existem cerca de 6.000 farmacêuticos, distribuídos por cerca de 2.600 farmácias comunitárias em todo o país, que podem receber esta formação ‘online’ gratuita, disponibilizada pela OF.

Para garantir “o sucesso e a máxima qualidade” de todo o processo, os farmacêuticos com competência farmacêutica em administração de vacinas e medicamentos injetáveis vão ser notificados durante a primeira quinzena de setembro para frequentar este curso que, segundo o bastonário, visa “habilitar homogeneamente” todos os profissionais relativamente às particularidades desta vacina.

Neste sentido, a OF compilou um conjunto de “Perguntas e Respostas” para apoiar os farmacêuticos, englobando questões relacionadas com formação para administração das vacinas, o processo logístico da vacinação e critérios de elegibilidade da população a ser inoculada nas farmácias comunitárias.

Para Helder Mota Filipe, integrar os farmacêuticos na vacinação contra a covid-19 “é uma boa medida do Governo” e vai ao encontro de uma proposta que a Ordem dos Farmacêuticos já vinha a fazer.

Podem participar na campanha de vacinação sazonal as farmácias comunitárias que tenham serviço de administração de vacinas, profissionais com formação específica para administração de vacinas e que manifestem disponibilidade para participar na campanha, segundo uma portaria publicada no dia 17 de agosto no Diário da República.

Estas farmácias vão poder praticar um horário mais alargado, estando a lista de aderentes disponibilizada nos ‘sites’ do Serviço Nacional de Saúde, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Infarmed.

De acordo com a portaria, caberá agora à DGS proceder à emissão das orientações técnicas que presidem ao processo de vacinação, nomeadamente com a definição dos critérios de vacinação e dos utentes elegíveis.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença foi classificada como pandemia em 11 de março de 2020 e em maio de 2023 deixou de ser uma emergência de saúde pública internacional.