A organização, considerada “terrorista” pela União Europeia, vai revelar a um Comité Internacional de Verificação os locais secretos onde ainda tem armas, e às 15h00 locais (14:00 em Lisboa) está prevista a realização de uma “grande concentração” de pessoas.

Os governos espanhol e francês olham para esta cerimónia com desconfiança, recusando contribuir para branquear o passado da ETA, que acusam de ter morto mais de 800 pessoas.

O executivo de Madrid declarou na sexta-feira que “não espera nada” da cerimónia para assinalar o desarmamento da ETA, assegurando que a organização separatista basca “não terá nenhum benefício político”.

O porta-voz do executivo espanhol sublinhou que a ETA deve “desarmar-se, dissolver-se, pedir perdão [pelos mortos] e ajudar a clarificar os crimes que não estão clarificados”.

A organização foi criada em 1959, durante a época da ditadura franquista, e renunciou à luta armada em 2011, depois de mais de 40 anos de atos de violência em nome da independência do País Basco e de Navarra.

A ETA recusou até agora o seu desarmamento e a sua dissolução, pedidas por Madrid e Paris, exigindo o início de negociações para libertar os seus membros presos (cerca de 360, dos quais 75 em França).