Os responsáveis da equipa do candidato democrata anunciaram que Joe Biden falaria à nação esta noite, previsivelmente em horário nobre nos Estados Unidos (a partir da 1 da manhã em Portugal), mas com os votos na Pensilvânia ainda a serem contados e sem informação oficial final essa intervenção é questionada.

A razão do anunciado discurso está relacionada com os resultados nos estados da Geórgia e Pensilvânia que colocam Biden cada vez mais próximo de conseguir os 270 delegados necessários para chegar à Casa Branca.

Neste momento, Biden ganha a Trump por uma margem de nove mil votos na Pensilvânia e por mais de 1.500 na Geórgia.

Ao longo do dia, os resultados na Pensilvânia foram aumentando as hipóteses de vitória do candidato democrata que permanece em Wilmington, Delaware, enquanto Trump se mantém na Casa Branca.

A campanha de Trump ficou subitamente muda, depois de vários dias marcados por acusações à integridade da eleição, que levaram mesmo alguns republicanos a afastarem-se do ainda presidente.

Um dos casos conhecidos foi o governador de Maryland, Larry Hogan, que disse não  haver “defesa para os comentários do presidente por ter minado o processo democrático”: “A América está a contar os votos e devemos respeitar os resultados como sempre fizemos”, sublinhou o republicano.

Através do Twitter, Donald Trump prometeu ações judiciais e defendeu que Biden não deveria “reivindicar indevidamente o cargo de presidente”.

Às 02:30 da manhã de sexta-feira, Trump voltou a atacar, insistindo, através do Twitter, que o “Supremo Tribunal norte-americano deve decidir!”.

A campanha de Trump avançou com vários processos legais na Pensilvânia, Michigan e Geórgia, exigindo, ainda, a recontagem dos votos em Wisconsin. No entanto, os juízes dos três estados já recusaram as ações.

Num país politicamente dividido, o próximo presidente terá vários desafios, tais como conseguir combater a pandemia de covid-19.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pelo coronavirus, ao contar com o mais alto número de mortos (234.944) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 9,6 milhões).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.792 em Portugal.