O porta-voz do GUN, Muhammad Hamouda, adiantou que o objetivo de fundo da visita do diretor da CIA, a primeira oficial ao país, é “estabilizar a Líbia e apoiá-la internacionalmente” para que o país possa, em breve, realizar novas eleições.

“Foram discutidos temas nacionais e internacionais partilhados entre a Líbia e os Estados Unidos, dos quais os mais importantes são a invasão russa [da Ucrânia], a luta contra o terrorismo e ainda questões ligadas ao petróleo”, sublinhou Hamouda.

Burns também se encontrou com o marechal Khalifa Haftar, o “homem forte” do leste do país, a partir de onde mantém um governo paralelo ao de Tripoli, com sede em Benghazi.

A Líbia está num impasse político desde que o GUN suspendeu as eleições, a 24 de dezembro de 2021 e, posteriormente, o Parlamento líbio nomeou um Executivo paralelo ao de Tripoli, considerando que o governo de transição de Dbeiba expirou.

Desde então, o Parlamento, controlado pelo marechal Khalifa Haftar, e o Conselho Superior de Estado, com sede na capital, não conseguiram chegar a um acordo constitucional para definir um processo eleitoral.

O Conselho Presidencial da Líbia – órgão de transição com funções de chefia de Estado – espera que nos próximos dias seja convocada uma reunião entre os dois poderes para completar os princípios constitucionais que permitirão a realização de eleições.

No encontro de Burns com Dbeiba participaram também o ministro dos Negócios Estrangeiros de Tripoli, Najla al Mangoush, e o chefe do Serviço Geral de Inteligência, Hussein al-Aeb.