Questionada pela Lusa sobre a efetividade da vacina contra a covid-19, sobretudo em quem não recebeu a dose de reforço, numa altura em que os casos de covid-19 estão a aumentar exponencialmente, a pneumologista afirmou que “o que se sabe é que vai perdendo a imunidade ao longo do tempo”.

“Mas mais do que estar preocupado com a perda de efetividade das vacinas é saber que tem de se usar todas as medidas conjunto”, disse, recordando as palavras do diretor-geral da OMS, Teedros Ghebreyesus, de que a vacinação, por si só, não evitaria a disseminação da variante Ómicron, pelo que havia que manter as medidas sanitárias e sociais, como o uso de máscaras, o distanciamento físico, a higienização das mãos e a ventilação dos espaços fechados.

Raquel Duarte frisou que está demonstrado o benefício das vacinas contra a covid-19 no combate à doença grave, mas alertou que “nenhuma medida isolada é eficaz”.

Defendeu que se as pessoas usarem todas as armas ao seu dispor para combater a pandemia “o risco é baixo”, porque existe “uma maior proteção”.

“Isso é que funciona como uma malha, que vai sendo mais apertada se usarmos todas as medidas”, defendeu Raquel Duarte, uma das especialistas que tem aconselhado o Governo sobre medidas para combater a pandemia.

Portugal registou hoje mais 17 mortes associadas à covid-19 e 10.549 infeções com o coronavírus SARS-CoV-2, o maior número de novos casos desde 03 de fevereiro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Apesar do aumento de casos, registou-se uma diminuição do número de pessoas internadas, contabilizando hoje 893 internamentos, menos 16 do que na quarta-feira, dos quais 148 em unidades de cuidados intensivos, menos sete nas últimas 24 horas.