A medida inclui ambos os testes antígeno e de ácido nucleico, esclareceu o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Wang Wenbin.

Com este anúncio, desmonta-se um dos últimos vestígios da política de ‘zero casos’ de covid-19, embora, nos últimos meses, as autoridades alfandegárias tenham deixado já de verificar os resultados dos testes a quem chegava ao país. As companhias aéreas deixaram também de pedir teste no embarque.

A China aboliu, em dezembro passado, a política de zero casos de covid-19, que incluía o bloqueio de cidades, durante semanas ou meses consecutivos, sempre que era detetado um surto, e a imposição de um período de quarentena até 21 dias a quem chegava do exterior, em hotéis designados pelo governo.

As restrições resultaram no abrandamento da atividade na segunda maior economia do mundo e acabaram por ser desmanteladas, após raros protestos ocorridos em várias cidades do país.

Um estudo financiado pelo governo dos EUA este mês apurou que o desmantelamento abrupto da estratégia pode ter levado a quase dois milhões de mortes em excesso, nos dois meses seguintes. Este número excede em muito as estimativas oficiais de 60.000 mortes, difundido um mês após o levantamento das restrições.

Em janeiro, o país retirou os requisitos de quarentena para quem chega do estrangeiro e, nos últimos meses, expandiu gradualmente a lista de países para os quais as agências de viagem chinesas podem organizar visitas em grupo e aumentou o número de voos internacionais.

Este mês, a China incluiu a Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), num terceiro lote de destinos para onde vai permitir viagens de turismo em grupo.

Portugal foi incluído num lote anterior, em março passado, assim como Brasil, França ou Espanha.