Os líderes dos Estados Unidos (EUA) e Reino Unido já reagiram aos ataques sobre alvos Houthis no Iémen levados a cabo por ambas as forças militares no Mar Vermelho.

Esta noite, Joe Biden, presidente dos EUA, informou em comunicado, que os ataques, realizados em conjunto com o Reino Unido e com o apoio da Austrália, do Barein, do Canadá e dos Países Baixos, “foram bem sucedidos” e foram postos em prática "contra uma série de alvos no Iémen usados pelos rebeldes Houthi para pôr em perigo a liberdade de navegação numa das vias navegáveis mais vitais do mundo".

"Estes ataques são uma resposta direta aos ataques Houthi sem precedentes contra navios marítimos internacionais no Mar Vermelho – incluindo a utilização de mísseis balísticos anti navio pela primeira vez na história. Estes ataques colocaram em perigo o pessoal dos EUA, os marinheiros civis e os nossos parceiros, comprometeram o comércio e ameaçaram a liberdade de navegação. Mais de 50 nações foram afetadas em 27 ataques a navios comerciais internacionais. Tripulações de mais de 20 países foram ameaçadas ou feitas reféns em atos de pirataria. Mais de 2.000 navios foram forçados a desviar-se milhares de quilómetros para evitar o Mar Vermelho – o que pode causar semanas de atrasos no envio de produtos. A 9 de janeiro, os Houthis lançaram o seu maior ataque até à data – visando diretamente navios americanos", acrescenta.

Diz ainda que "a resposta da comunidade internacional a estes ataques tem sido unida e resoluta".

Da parte do Reino Unido, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, citado pelo canal britânico Sky News, sublinha que: "A Força Aérea realizou ataques direcionados contra instalações militares utilizadas pelos rebeldes Houthi no Iémen".

"Nos últimos meses, a milícia Houthi realizou uma série de ataques perigosos e desestabilizadores contra a navegação comercial no Mar Vermelho, ameaçando o Reino Unido e outros navios internacionais, causando grandes perturbações numa rota comercial vital e elevando os preços das matérias-primas", acrescenta.

“Estas ações imprudentes estão a arriscar vidas no mar e a agravar a crise humanitária no Iémen", sublinha também.

“Apesar dos repetidos avisos da comunidade internacional, os Houthis continuaram a realizar ataques no Mar Vermelho, inclusive contra navios de guerra do Reino Unido e dos EUA, apenas esta semana. Isto não se pode suportar", diz Rishi Sunak.

“O Reino Unido vai sempre defender a liberdade de navegação e o livre fluxo de comércio. Portanto, tomámos medidas limitadas, necessárias e proporcionais em legítima defesa, juntamente com os Estados Unidos com o apoio não operacional dos Países Baixos, Canadá e Bahrein contra alvos ligados a estes ataques, para limitar as capacidades militares Houthi e proteger o transporte marítimo global", destaca.

“A Marinha do Reino Unido continua a patrulhar o Mar Vermelho como parte da operação multinacional 'Prosperity Guardian' para dissuadir novas agressões Houthi, e instamo-los a cessar os seus ataques e a tomar medidas para diminuir a escalada”, termina.