"Ao longo de toda a semana até domingo é fundamental que todos tenham o máximo de cuidado: não fazer fogo de modo algum, não utilizar máquinas de modo algum", começou por dizer esta segunda-feira António Costa.

O primeiro-ministro desloca-se hoje a Coimbra, Lousã e Viseu para verificar no terreno a operação e dar visibilidade a todos os recursos e meios para o combate aos incêndios. O périplo visa transmitir uma palavra de confiança a todos os envolvidos no combate e ao país, disse.

Quando questionado sobre se o país está melhor preparado hoje do que em 2017 — ano dos incêndios em Pedrógão Grande — para fazer face aos fogos, António Costa disse que "é obvio que sim", mas lembrou que tal pode ser desculpa para "relaxar".

"Hoje o país está mais preparado do ponto de vista estrutural, mas isso não diminui a responsabilidade que todos temos de evitar incêndios", disse.

Fazendo um paralelismo com a pandemia, António Costa referiu que agora não se pede à população que ande de máscara, mas antes que não faça lume ou trabalhe com máquinas agrícolas neste período crítico.

"O país pode ter todos os meios do mundo, mas nestas condições meteorológicas, de seca extrema, temperaturas elevadas e combustível no ponto ótimo para arder, qualquer descuido e qualquer fagulha desencadeia um enorme incêndio".

Lembrando que boa parte dos incêndios "só ocorrem se uma mão humana, voluntariamente ou por distração, o tiver provocado", Costa disse que "somos nós, os cidadãos comuns, que temos de fazer este trabalho fundamental de evitar os incêndios".

E reiterou: "vamos viver nos próximos dias situações de risco máximo, portanto qualquer descuido mínimo provoca um incêndio de maior dimensão e, depois, nunca haverá meios, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, para fazer a extinção de incêndios que ganham uma dimensão de calamidade, porque só se extingue quando acaba o oxigénio ou se extingue o combustível".

Portanto o importante, diz, "é evitar que o incêndio exista".