Emmanuel Macron esteve hoje em Beirute, dois dias depois do desastre originado por duas violentas explosões que provocaram dezenas de mortes e milhares de feridos, para oferecer a ajuda da França e reunir com autoridades locais, junto das quais se disponibilizou para organizar um programa para a reconstrução do país.

“Independentemente do que se pensa dos líderes libaneses, que legitimidade tem ele para se apresentar como o seu salvador?”, disse hoje o líder do Partido Socialista francês, Olivier Faure, na sua conta pessoal da rede social Twitter, mostrando-se “perplexo” com o discurso de Macron.

No Líbano, o Presidente francês tinha proposto “um novo pacto político” naquele país, adiantando que regressará no início de setembro para acompanhar o seu desenvolvimento.

“Chamo a atenção da ingerência na vida política do Líbano. Não será aceite. O Líbano não é um protetorado francês. Eu aviso os libaneses sobre as reformas de Macron: protejam as reivindicações da sua revolução dos cidadãos”, declarou o líder do movimento França Insubmissa (esquerda), Jean-Luc Mélenchon.

Mélenchon já tinha mostrado reservas, na quarta-feira, sobre o envio de material de socorro desde França e tinha dito que achava que uma visita de Macron poderia ser contraproducente.

Na mesma linha, o vice-presidente da Assembleia Nacional (extrema-direita), Jordan Bardella, disse hoje que, embora o apoio de França ao povo libanês não mereça contestação, que “o programa arrogante e moralizante que Emmanuel Macron apresentou é indecente”.

“A solidariedade com o Líbano deve ser incondicional”, acrescentou Julien Bayou, secretário nacional do partido ambientalista, nas suas contas das redes sociais.

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