O primeiro incidente ocorreu no centro do Rio pelas 8:20 locais (11:20 em Lisboa), quando um grupo de delinquentes tentou assaltar uma loja de telemóveis. No decorrer do assalto, um cidadão de nome Luís Carlos Pereira Viana, de 60 anos, foi atingido a tiro numa perna.

O homem foi transportado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde acabaria por morrer, informou a Polícia Militar aos órgãos de comunicação social locais.

O mesmo centro hospitalar recebeu outras duas pessoas feridas: Aparecida dos Santos, de 46 anos, e o segurança Jorge Bastos Silva, de 35 anos. Ambos foram internados em estado “estável”, precisou a Secretaria Municipal de Saúde.

As autoridades informaram que dois homens em motorizadas tentaram assaltar a loja, numa das avenidas mais movimentadas do Rio.

Os agentes de polícia e os seguranças que vigiavam o setor montaram um cerco para tentar apanhá-los, mas os assaltantes não obedeceram e começaram a disparar contra uma paragem de autocarro, onde estavam as vítimas.

Noutros dois incidentes não relacionados, em diferentes zonas do Rio de Janeiro, em que morreram outras três pessoas, uma das vítimas foi uma rapariga de 13 anos, atingida por uma bala perdida.

Os três incidentes ocorrem dias depois do assassínio da vereadora Marielle Franco no centro do Rio de Janeiro, um crime que provocou grande consternação pública no Brasil.

O Estado do Rio de Janeiro está desde há um mês sob intervenção federal (por decisão do Presidente Michel Temer) por questões de segurança. Esta decisão implica a mobilização e destacamento de militares nas ruas da cidade como forma de manter a ordem pública.

Desde os Jogos Olímpicos de 2016, que se realizaram naquela cidade, que o Rio de Janeiro está a viver uma onda de violência.

No ano passado, a violência no Rio de Janeiro causou pelo menos 6.731 mortes, entre as quais mais de 100 polícias e uma dezena de crianças atingidas por balas perdidas.