O colombiano Yilen Osorio, membro da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, foi autorizado a entrar no país por decisão do Tribunal Constitucional, o mais alto órgão judicial do país.

As autoridades tinham proibido Osorio de entrar no país alegando “razões de segurança e ordem pública”.

Cinco juízes do Tribunal Constitucional, reunidos de emergência no domingo, permitiram no domingo a entrada do investigador.

Em outubro, a Guatemala recusou vistos a outros 12 investigadores da ONU, tendo, em dezembro, retirado a imunidade e ordenado a expulsão de 11 funcionários da mesma comissão das Nações Unidas que investigava o Presidente Morales.

Os investigadores “deixaram de usufruir dos seus privilégios e imunidades”, informou então o Governo, afirmando que aquela entidade da ONU era uma “ameaça à paz” e tinha excedido as suas funções.

Representantes do Instituto Guatemalteco de Migração foram à sede da comissão para informar os funcionários que eles tinham “72 horas para deixar o país”.

O Presidente iniciou hostilidades contra a comissão em 2017, depois da agência da ONU e a procuradoria terem solicitado o levantamento dos privilégios presidenciais para investigar a corrupção no seio do Estado guatemalteco.

A comissão ganhou força em 2015 após revelar uma fraude aduaneira que levou à demissão do então Presidente Otto Pérez (2012-2015), que foi indicado como responsável pela fraude, além de apontar outros casos de corrupção.