A TVEL, que produz componentes de combustível nuclear, referiu num comunicado que a decisão do Irão de recomeçar o enriquecimento de urânio no complexo de Fordo torna impossível converter a instalação para produzir isótopos radioativos para fins médicos.

A companhia assinala que o enriquecimento de urânio é tecnologicamente incompatível com a produção daqueles isótopos, adiantando que o Irão teria de desmontar as centrifugadoras utilizadas no enriquecimento de urânio e descontaminar a sala onde se encontram para continuar o projeto médico.

Segundo a TVEL, o Irão já foi informado da decisão.

O Irão aceitou suspender o enriquecimento de urânio no âmbito de um acordo com as potências internacionais em 2015, mas um ano depois dos Estados Unidos terem unilateralmente abandonado o pacto e restabelecerem sanções Teerão retomou a atividade.

No mês passado, Teerão anunciou o recomeço do enriquecimento de urânio em Fordo, instalações dentro de uma montanha fortificada, com cerca de 1.000 centrifugadoras, o que viola o acordo de 2015, que visava impedir os iranianos de obterem a arma nuclear, apesar de estes manterem que o seu programa nuclear tinha apenas fins civis.

O projeto entre a Rússia e o Irão estava previsto no acordo e visava converter Fordo num centro de investigação, que produziria isótopos radioativos para uso médico, sob fiscalização pela Agência Internacional de Energia Atómica.

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