“Ordenei aos ministérios russos da Defesa e dos Negócios Estrangeiros para analisarem o nível de ameaça criada pelos Estados Unidos para que sejam tomadas medidas exaustivas no sentido da preparação de respostas simétricas”, disse Putin após uma reunião do Conselho de Segurança, em Moscovo.

Segundo o Pentágono, o teste militar norte-americano efetuado no domingo na ilha de San Nicolas, ao largo da Califórnia, ocorre um mês depois do fim do Tratado de Desarmamento (INF) que abolia o uso, por Washington e Moscovo, de mísseis terrestres com alcance entre os 500 e os 5.500 quilómetros.

Os Estados Unidos e a Rússia abandonaram o tratado depois de acusações mútuas sobre violações do acordo.

Além da Rússia, a República Popular da China condenou igualmente o ensaio norte-americano argumentando que pode “provocar a escalada das tensões militares” e o relançamento da corrida ao armamento.

“É evidente que (o ensaio do míssil norte-americano) não foi resultado de um improviso, mas sim de uma série de acontecimentos planificados há muito tempo”, acrescentou o Presidente russo.

“Este acontecimento confirma as nossas anteriores preocupações”, sublinhou Putin.

Mesmo assim, o chefe de Estado disse que a Rússia “continua como sempre aberta ao diálogo construtivo com os Estados Unidos a fim de restabelecer a confiança e garantir a segurança internacional”.

Com o fim do INF resta apenas um acordo bilateral sobre armas nucleares entre Moscovo e Washington: o Tratado START sobre arsenais nucleares que está em vigor até ao ano 2021.